Quando você pensa no seu trabalho, dá ênfase nas atividades que executa ou na contribuição que você gera?
A intencionalidade estratégica da sua organização – missão e visão – determina para onde se deseja que ela vá. Infelizmente, boa parte das empresas cria “missões e visões” apenas para que fiquem lindamente adornadas nas paredes das recepções. Boas missões de declaração e visão devem orientar as decisões do dia-a-dia – são a essência de um padrão coerente para tomada de decisões. |
Somos trabalhadores do conhecimento. Quanto antes entendermos que, no longo prazo, nosso crescimento profissional não está nas atividades do dia-a-dia, mas nas contribuições que fazemos, através delas, para o negócio, melhor. Ou seja, se desejamos “crescer”, devemos, sempre questionar de que maneira nossas entregas (outputs) estão contribuindo ou poderiam contribuir, de maneira mais significativa, para os resultados (outcomes) das empresas e grupos onde atuamos.
Os profissionais “prontos para crescer” focam menos nos outputs e mais nos outcomes. Ou seja, a ênfase é menor nas atividades desempenhadas e maior nos benefícios gerados. |
Como você pode contribuir?
Nossas contribuições podem ser classificadas em três categorias simples: contribuição para o resultado direto, consolidação dos valores organizacionais e desenvolvimento de gente.
As contribuições relacionadas aos resultados diretos são geralmente vinculadas a produtividade financeira da organização. Ou seja, nossas atividades impactam positivamente a geração de dinheiro novo ou a redução de gastos.
A fórmula da produtividade A produtividade é explicada pela razão entre o “desempenho” que conseguimos obter e o “empenho” que precisamos realizar para uma determinada finalidade.Para entender melhor essa “fórmula”, confira esse episódio do Tech&Biz.
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As contribuições relacionadas a consolidação dos valores têm relação com os impactos percebidos na cultura, ou seja, na forma como, em um grupo, as pessoas pensam e agem.
Considerações sobre a cultura organizacional Pensamento Estratégico “A cultura come a estratégia no café da manhã”. De fato, é a cultura, e não a estratégia, que determina que resultados uma empresa consegue obter.Esse capítulo de nosso livro sobre pensamento estratégico detalha fundamentos importantes sobre o que é “cultura organizacional”.
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Finalmente, as contribuições relacionadas com o desenvolvimento de gente garantem que a organização continuará “funcionando” por mais tempo. Empresas, naturalmente, deveriam sobreviver mais tempo do que gente.
Com o tempo, todo bom desenvolvedor de software passa a ser desenvolvedor de gente. |
Perguntas oportunamente inoportunas
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A contribuição do especialista
Em si mesma, uma especialidade é um fragmento e é estéril. Sua produção tem de ser posta junto a de outros especialistas, antes de produzir resultados.
Peter Drucker |
De fato, nossos entregáveis raramente são coisas, mas, sim, ideias, informações e conceitos. Por isso, precisamos prever quem deverá usar nossa produção e o que estes “usuários” precisam saber e compreender para tornar produtivos os “fragmentos de valor” que produzimos.
A demanda por aprendizado contínuo
Síndrome do Impostor
De forma resumida, a síndrome do impostor é o nome atribuído a um sentimento de que você não é merecedor do sucesso que obtém e que, em algum momento, todos irão descobrir que você não passa de uma fraude.
Essa síndrome tem ocorrência comum entre profissionais de tecnologia, acredita-se que pelo ritmo frenético de inovações e por demonstrações de conhecimento (quase sempre superficiais) de pseudo referências em plataformas online.
Fica mais fácil entender que competências desenvolver focando nas contribuições que realizamos do que nas atividades que precisamos desempenhar.
Descritivos de cargos baseados em conhecimentos e habilidades, no lugar de contribuições, estão desatualizados antes mesmo de serem oficializados em uma organização. |
Para entendermos como contribuir mais com os resultados de uma empresa, precisamos nos habilitar a desenvolver visão do todo, muito além de nossas próprias especialidades ou as dos departamentos onde atuamos. Precisamos reconhecer a necessidade de olhar a organização de fora para dentro, entendendo como o mercado a reconhece e o que espera dela.
Olhar estratégico O que significa, na prática, “visão do todo”?Nesse episódio, disponível em áudio e vídeo do Tech&Biz tentamos responder essa pergunta.
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Contribuímos mais quando ajudamos os outros a contribuir mais
Para estarmos preparados para crescer, precisamos entender que precisamos atuar bem em time. Empresas ágeis já entendem que a performance de um time é sempre mais relevante do que a performance de seus membros, individualmente.
A forma mais fácil de fazermos grandes contribuições é desenvolvendo genuíno pelos outros, questionando-os como podemos contribuir para que eles consigam realizar suas próprias contribuições.
Para pensar…
Escrever código para programas de computador não é uma contribuição. A forma como esse programa irá impactar nos resultados diretos é.
Coordenar um time não é uma contribuição. Ajudar a desenvolver gente, com os valores certos, para que uma empresa consiga “sustentar” uma capability é.
Quem pensa em seu trabalho nos termos das atividades que executa, olha para baixo – sem perceber o todo. Por outro lado, quem executa sem trabalho orientado pelas contribuições que gera, olha para cima.
// TODO
Antes de avançar para o próximo capítulo, pondere:
- Qual a maior contribuição sua para sua organização hoje?
- Como você contribui hoje para que seus colegas consigam contribuir mais?